Além de orações, a festividade conta com a colaboração de voluntárias na tradicional fabricação do doce
As celebrações que marcam o aniversário dos 100 anos da Paróquia de Itapuca iniciam no dia 12 de fevereiro com chegada da réplica de Nossa Senhora Aparecida, vinda de Aparecida do Norte, em São Paulo. Às 19h, será celebrada uma missa.
A visita da santa é motivada pela comemoração dos 300 anos desde que dois pescadores encontraram a imagem no Rio Paraíba do Sul. Imagens idênticas a original estão visitando comunidades no país. A partir do dia 13 de fevereiro, na parte da tarde, a imagem passará por comunidades da cidade e, encerrada as visitas do dia, será rezado o terço na Matriz, às 18h30min. Na quinta-feira, sexta-feira e sábado ocorrerá o tríduo na igreja, às 19h.
No domingo, 19 de fevereiro, às 10h30min, será feita a celebração de ação de graças do centenário, seguida de um almoço tradicional no ginásio municipal. A celebração coincidirá com os 25 anos do município e conta com a presença do arcebispo Dom Rodolfo Luiz, além de outros sacerdotes que fizeram parte da história da paróquia.
Produção de biscoitos
Legado que surgiu com a colonização italiana, perpassando por famílias e chegando aos dias de hoje a tradicional fabricação de biscoitos para realizações tradicionais da paróquia está ocorrendo, desta vez, em virtude do aniversário dos 100 anos da paróquia.
Iniciada há mais de 50 anos a produção conta com o auxílio de cerca de 30 mulheres. Com estimativa de produzir 550 kg de biscoito, uma das confeiteiras organizadoras, Anadir Guarnieri Borelli conta que os doces feitos para a festas tradicionais, assim como em datas como o Natal e Páscoa seguem uma receita trazida pelas primeiras famílias que povoaram Itapuca. “Se fizéssemos em mais ocasiões venderíamos, pois temos demanda”.
Ela salienta que há dois anos, com a realização da I Festa do Biscoito, Itapuca passou a ser conhecida como a “Terra do Biscoito” e, dessa forma, a procura só aumenta. Anadir se diz gratificada em colaborar para que a tradição perdure e analisa o momento de produção dos biscoitos como um momento de lazer e de se reencontrar amizades. “Nós não cansamos. Cantamos, rezamos, contamos piadas e assim passamos o dia”, diz.
Os biscoitos devem ser comercializados na festa da paróquia, no entanto, devido à alta procura, Anadir não garante um estoque do produto para a festa. “Há muitas encomendas já nos dias que antecedem a festa e já aconteceu de chegarmos no dia e faltar”. A venda do produto se deve a necessidade da conquista de fundos para o auxílio em reformas na igreja matriz.